As causas são egoísmos coletivos: para pensar os fascismos de grupo
A loucura é muito rara em indivíduos — nos grupos, nos partidos, nos povos, na época — essa a regra. Nietzsche O único e sua propriedade de Max Stirner , é interessante para refletir sobre esses egoísmos das causas coletivas e universalistas, colocar em questão essas posturas políticas que se pretendem benfazejas e desinteressadas, o valor dessa representatividade das maiorias, etc, interessante até mesmo para pensar como o fascismo predomina por meio de grupos identitários. Me faz lembrar também a questão da "servidão voluntária" em La Boétie ou em Espinoza e o "espírito de rebanho" de Nietzsche , de quem Max Stirner (um "hegeliano de esquerda") foi precursor, segue o trecho explosivo que abre sua obra: - A minha causa é a causa de nada Há tanta coisa a querer ser a minha causa! A começar pela boa causa, depois a causa de Deus, a causa da humanidade, da verdade, da liberdade, do humanitarismo, da justiça; para além disso,